A Casa Origem, criação dos arquitetos Carol Rabelo e Paulo Gervasi foi um dos grandes destaques da CASACOR Santa Catarina que chegou ao fim no dia 11 de agosto. Com escritório em Porto Belo (SC) e Aracaju (SE), o casal mostrou sua expertise em uma arquitetura contemporânea tropical ao homenagear a Amazônia, sua arte e seus habitantes. Tendências, mobiliário, design e obras artísticas funcionam como uma vitrine, tanto para os arquitetos, quanto para os representantes daquela região. Confira:
Madeira e floresta
“Quisemos trazer a floresta amazônica para o ambiente. Queríamos – e conseguimos, pelo retorno dos visitantes – criar a sensação de conforto a partir dos painéis amadeirados que revestem praticamente todo o ambiente, em uma lembrança real da madeira em si e do significado dela. Assim como uma proposta estética que foge dos tons claros e ainda com a funcionalidade térmica e acústica”
Arte manauara
“Quando pensamos em homenagear o povo manauara, a arte já tinha um espaço em nossos esboços, para que essa curadoria trouxesse a visão local a partir dos artistas. Para a Casa Origem fomos atrás de contatos da época em que moramos por lá. Um dos destaques é a obra Cunhã – O Futuro é Ancestral, uma esteira de fibra trançada da Associação dos Artesãos de Novo Airão (AM) com intervenção do grafiteiro Raiz Campos. E ainda as belas fotos da ONG Amazônia Stock com registros, do dia a dia das comunidades ribeirinhas, feitos pelos próprios moradores. Entre outras criações espalhadas pelo loft”
Paisagismo tropical
“Assim como a madeira, o verde da floresta também precisava aparecer. E com protagonismo. Convidamos a arquiteta e paisagista Fernanda Dutra para recriar uma memória da Amazônia. Ela escolheu plantas para ambientes fechados, mas com uma ligação com o tema. Diferentes tipos de lírio, palmeira e costela-de-adão fazem parte da composição”.
Design exclusivo
“Outro detalhe importante do projeto foram as criações que fizemos exclusivamente para ele, com a nossa visão e também como uma homenagem. Dois deles são especiais, como a estante Trama, inspirada nas tramas das esteiras indígenas, técnica bastante comum nessas comunidades e que sempre nos tocou como expressão artística; e a luminária Rio, em alusão às curvas do Rio Amazonas cortando a floresta, e que se tornaram uma espécie de guia para os visitantes na circulação pelo ambiente”.
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