Segundo a arquiteta Ana Rozenblit, da Spaço Interior, pintura, fotografias e esculturas ajudam a compor projetos acolhedores e com significado para seus moradores

A arte tem a capacidade de transmutar os ambientes ao produzir atmosferas que mexem diretamente com nossas emoções e sensações, que vão do conforto até a inspiração e a reflexão. Para a arquiteta Ana Rozenblit, à frente do escritório Spaço Interior, a arte é essencial para dar alma aos espaços, revelando a identidade e a história de quem vive ali. “Quando o ambiente transmite algo, ele emana vida. A arte tem esse papel de nos despertar e dar identidade à casa”, argumenta.
Cada obra, seja uma pintura, escultura ou fotografia, entre outras possibilidades, carrega consigo conexões que tornam o lar mais pessoal e repleto de significados. Inserir a arte nos projetos de interiores é, segundo a profissional, uma forma de expressão autêntica que convida os moradores a viverem seus espaços de maneira mais profunda e sensível, enriquecendo seus cotidianos.

Por que a arte importa em nosso emocional e cérebro


A arte ultrapassa a simples função decorativa, pois atua profundamente na psique e diversas vertentes estudam as benesses nos seres humanos. Para a Filosofia, a apreciação do belo educa nossos sentimentos, revela virtudes e atua como um poderoso instrumento de formação e autoconhecimento. Para a Psicologia, ela produz respostas emocionais positivas, como a redução do estresse, a sensação ampliada de bem-estar e o aumento da capacidade de concentração.
Segundo o neurologista e psiquiatra alemão Dr. Kurt Goldstein, as cores com comprimentos de onda mais longos — como amarelo, vermelho e laranja — tendem a exercer um efeito estimulante no cérebro, despertando energia e ativando respostas mais intensas em comparação àquelas com comprimentos de onda mais curtos, como verde e azul, que evocam calma e serenidade.
Fotografias que contam histórias



As fotografias carregam um poder particular: capturam memórias e as transformam em presença cotidiana. Inseridas na decoração, funcionam como obras de arte com valor simbólico. “A imagem tem o poder de nos transportar. É como deixar nossas lembranças expostas de maneira sofisticada”, comenta a arquiteta. Organizá-las em painéis, emoldurá-las com destaque ou distribuí-las com leveza transforma corredores e salas em verdadeiras galerias pessoais.
Pendente tal qual uma escultura


Protagonista da sala de jantar, o pendente é sempre aquela peça que recebe muitos elogios dos convidados. Independentemente do estilo e dos materiais, quando o design é escultural, os olhos sempre se voltam para ela. “Quando um pendente tem personalidade, ele vira assunto antes mesmo de acender”, destaca Ana.
Arte integrada à arquitetura


Quando a arte se mistura à própria estrutura do ambiente, o resultado transcende o decorativo. Obras moldadas para dialogar com paredes, espelhos e volumes arquitetônicos concebem uma narrativa espacial mais ousada e envolvente. “A arte precisa dialogar com o espaço, se permitir moldar e ser envolvida por ele. Isso é integração verdadeira”, observa a arquiteta. Esse tipo de intervenção renova áreas de passagem como o hall de entrada.
Esculturas que transformam os ambientes


As esculturas trazem materialidade e presença tridimensional aos ambientes. Posicionadas com critério, elas dialogam com volumes, texturas e sombras, criando cenários táteis. Para Ana, “elas nos fazem parar e nos sintonizam de forma sensível com o entorno”. São peças que pedem contemplação, especialmente quando confeccionadas em metal, pedra, cerâmica ou madeira, contrastando com elementos lisos ou reflexivos.
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