Home Tendências 13 Tendências de CASACOR São Paulo 2017

13 Tendências de CASACOR São Paulo 2017

0

“Foco no essencial” é o fio condutor de CASACOR São Paulo, que este ano chega a sua 31ª edição. Os espaços podem ser visitados pelo público entre 23 de maio e 23 de julho, no Jockey Club de São Paulo, e resumem as tendências mais desejadas da temporada. Em comum, os 69 espaços evitam os excessos para se concentrar no apuro dos traços, na excelência dos acabamentos e na beleza sem artifícios dos materiais.

1- Essencial:

Uma aposta nos materiais em seu estado natural, aplicados a grandes superfícies, bem como os ambientes sem excessos de adereços revelam o foco no essencial.

CASACOR - Alexandre Dal Fabro - Ft Renato Navarro
Alexandre Dal Fabro – Garagem de Estar Renault

Planos lineares e panos de vido são criados a partir de uma estrutura metálica. O projeto ganha ainda mais leveza com a luz natural e os tons claros, com pinceladas de caramelo.

David Bastos – Experiência Ornare

Luz branda e tons acolhedores despertam os sentidos no quarto de vestir, cujo apelo sensorial se acentua nos painéis em couro e no piso em carpete. Poucos e bons elementos.

José Luiz Favaro – Experiência Abril

Madeira em estado natural, placas cimentícias e de MDF são a base de uma ambientação sem excessos, que mescla cores cruas à suavidade do azul.

Gustavo Neves – Suíte Black

Estuque aparente, paredes descascadas o o preto sem artifícios comandam o projeto. A base destaca peças exclusivas como a cama em madeira com tratamento de carbonização, de autoria do profissional.

Leo Shehtman – Casa Grafismo

Piso em porcelanato, forro preto, mobília branca. O visual limpo permite interferências gráficas, como papel de parede de bolinhas e janelas com vidros texturizados que lembram as formas consagradas pelo artista Mondrian.

Marilia Pellegrini – Café Experiência

A caixa revestida em taipa de pilão, que remete ao século 19 e ao ciclo do café, ganha aberturas com painéis pivotantes. Eles são desenhados com inspiração nas folhas na planta.

Marton Estúdio – Loja da CASACOR

As lojas de museus como o MoMA, de Nova York, e do Centre Pompidou, em Paris, inspiram o projeto, executado em melamínico madeirado e pastilhas em vidro. As formas são minimalistas e exploram padrões em repetição.

Sopro – Café do Saber

Alan Freitas, Ana Dora e Breno Felisbino tinham em mente a arquitetura, as arquibancadas e os tons terrosos do hipódromo, no espaço para cursos e palestras que ressalta a volumetria dos elementos.

TresZeroSete – Loja MMartan / Casa Moysés

Cinco mil lâmpadas de LED são o principal elemento visual, dispostas nas paredes para propor uma experiência sensorial e chamar a atenção para os tecidos, exibidos como obras de arte.

 

2- Madeira:

Caixas em madeira, paredes e tetos completamente abraçados por este material são o ponto de partida de ambientes naturalmente acolhedores.

 

Moacir Junior e Salvio Junior – Living Bar

Marcenaria filetada feita à mão cobre as paredes, incluindo a estante com fundo em vidro quadriculado, e garante a unidade entre os espaços integrados.

Patrícia Hagobian – Lounge dos Amigos

Com 20 metros de extensão, a parede principal recebe um painel ripado em madeira, que proporciona uma visão fluida que conecta do estar ao espaço gourmet. O material é valorizado ainda mais pela iluminação na medida.

Sandra Picciotto – Estar Refletido

Uma das peças-chave para aquecer o ambiente é o biombo em madeira Esteira, da Etel Carmona.

SP Estudio – Quarto de Bebê

Fabiana Silveira e Patricia de Palma guardaram a cama auxiliar sob um pórtico em madeira, que traz uma sensação acolhedora. No ambiente, o destaque são os trabalhos manuais, bem representados no berço suspenso em macramê.

O carvalho americano, uma madeira clara que casa com os tons neutros, foi eleita para revestir todo o espaço, formando uma caixa. Barbara Gomes e Giulliana Savioli assinam o projeto.

Carolina Mauro, Daniela Frugiuele e Filipe Troncon criam um refúgio abraçado pelo carvalho em tom claro. O material aquece o projeto inspirado nos palácios de São Petersburgo, na Rússia.

O elemento principal do projeto de Adriana Helu, Carolina Oliveira e Marina Torre Lobo é o teto forrado em Accoya. A madeira também surge no piso da Core Wood e cria um contraste interessante com móveis nas cores cinza e preta.

3 – Oriental:

Formas mais rígidas e puras, uma vocação minimalista e o apelo a materiais naturais como a madeira sugerem a busca do equilíbrio.

Alalou Paisagismo – Espaço Zen

Toras de bambu formam um painel que delimita o espaço, inspirado em um jardim japonês. Felipe e Maria Lúcia Alalou reforçam o clima com pedras rústicas que representam montanhas, enquanto a areia remete ao percurso da vida.

Leo Romano – Casa Brasil

A simplicidade oriental guia a ideia de dispor ripas de madeira pinus como em uma casa, suspensas por barbantes para delimitar a sala de jantar. As cadeiras Lucio, de Sergio Rodrigues, reforçam a leveza da proposta, assim como a etérea mesa em vidro de Jacqueline Terpins.

Michel Safatle – Casa Cosmos

Retas formais conferem harmonia e senso de organização ao ambiente de apenas 50 m², que une banho, área de dormir, de trabalho, de convivência e refeição. Móveis e objetos do acervo pessoal de Michel compõem a decoração, arrematada pela bela vista do Jockey.

 

Sustentabilidade:

Materiais inteligentes, desenvolvidos com um olhar no reaproveitamento e na otimização de recursos, transformam processos construtivos e orientam as escolhas dos profissionais.

Alessandra Castro – Boulangerie

O teto é destaque, composto de baffles. Além de sustentável, este forro de garrafas PET absorve o som e alia conforto acústico.

Mariana Crego – Casa Sustentável

O apelo sustentável começa já no método construtivo, que simplifica montagem e desmontagem, minimizando resíduos. Painéis aproveitam a luz solar e geram energia e a água da chuva é reutilizada. Na cozinha, o revestimento de parede dá novo uso a lâmpadas fluorescentes.

5 – Zona de conforto:

Um dos desejos mais fortes da temporada é sentir-se em um refúgio. A aposta é em materiais crus e naturais, em cartelas de cores acolhedoras e espaços que lembram verdadeiras cabanas.

Denise Barretto – Espaço dos Convidados

Com direito a lareira e sofás italianos, o ambiente esbanja conforto. Nas paredes, muita madeira, tijolos caramelo e mesmo um tapete de 12 m² pendurado, da Kian. No piso, a paginação em réguas finaliza, com revestimento da Portobello Shop.

Quatro cabanas e uma intenção: imaginar a cidade de São Paulo de antigamente, no alto de uma colina. Essa imagem de aldeia guarda um quê de ancestral, para levar a uma reflexão sobre a metrópole e a relação entre as pessoas e o espaço.

Gustavo Paschoalin e Paulo Azevedo – Cabana Branca

Paredes, piso e vigas no teto em madeira trazem um ar de cabana ao ambiente de 30 m². Tons calorosos, como vermelho e laranja, contrastam com o pano de fundo branco e com os potiches chineses pintados à mão.

Très Arquitetura – Ateliê

No projeto de Fernanda Moraes, Fernanda Tegacini e Nathalia Mouco, a estante em L é um recurso visual que sugere um abraço, no espaço que também se beneficia de um teto rebaixado. Para trazer delicadeza, pendente levíssimo com peças douradas.

6 – Natureza e áreas externas:

Várias formas de curtir espaços ao ar livre, valorizando espécies vegetais locais com um toque contemporâneo.

Alex Hanazaki – Jardim Deca

Chuveiros se convertem em cascatas e outros produtos da marcam ganham novos usos no ambiente, valorizados no cenário pontuado por 20 oliveiras adultas e espelhos d’água com seixos vindos da Indonésia.

Alexandre Furcolin – Pátio das Tabocas

O bambu é protagonista neste espaço de 530 m². As diversas espécies, como jardim, brasil, quadrado e anão, preenchem as mais de 500 touceiras que transformam a área em bosque.

Bia Abreu – Jardim da Casa de Vidro Renault

Samambaias, aspargos, lambaris, véus-de-noiva e o toque de jabuticabeiras e palmeiras criam uma minimata e um refúgio tropical. Para prolongar o tempo ao ar livre, Bia apostou em poltronas de madeira e na mesa com lareira.

Para não interferir nas paredes da construção original, Clariça utilizou tramas em serralheria para criar três jardins verticais com quase 2,5 metros de altura e mais de 4 metros de largura.

Mauro Cortesini – Jardim do Espaço Bossa

De um lado, vasos com topiarias citam os jardins à francesa; de outro, jabuticabeiras trazem um forte elemento local para a cena, neste trabalho que equilibra força e delicadeza em cada elemento.

Plantar Ideias e Lao Design – Miragem

Uma plataforma temporária nas arquibancadas do Jockey apresenta uma curadoria original de peças de arte, que incluem a escultura vermelha de Sara Rosenberg.

Plantas nativas e tropicais criam um microclima agradável e tornam aconchegante a grande área de 535 m² – a dimensão permitiu, aliás, fazer um lago com 100 m². Destaque para a coleção de bancos desenvolvida pelo profissional.

Sandra Moura – Estúdio do Artista

Na falta do verde natural, a imensa fotografia da Mata Atlântica traz a vegetação para o espaço. Essa é a vista que o artista plástico paraibano José Rufino tem da janela de seu ateliê.

7 – Retrô:

O art déco e os anos 1950 já vinham fortes nas temporadas anteriores. Eles continuam, agora na companhia de elementos clássicos do século 19.

Bruno Carvalho – Estúdio Tempo

O ambiente homenageia o tempo e convida a receber amigos, com peças acolhedores como o sofá arredondado. Os metalizados são pura sofisticação e têm um quê de art déco.

Gustavo Janssen – Tartuferia

O adocicado verde menta reforça o apelo retrô, assim como os estofados arredondados, os móveis com pés palito e outros itens descolados, como o ventilador de teto.

Lídia Maciel – Antessala Real

Para trazer um pouco da história da monarquia, um espaço contemporâneo onde se inserem elementos clássicos. O lustre Baccarat do século 19, que pertenceu à família real no Brasil, é bom exemplo, assim como as linhas em baixo-relevo douradas nas paredes.

 

Maurício Karam – Lounge dos Lofts

Geométrico, o art déco inspira o lobby, onde o clássico também se impõe no lustre. Mas há espaço para o toque inesperado do papel de parede com print de pele de cobra.

O projeto resume a cartela de cores do momento, combinando variações de verde, azul e rosa. Cadeiras e estofados em veludo só ressaltam a estética irresistível de décadas passadas.

 

8 – Metalizados:

Bronze e dourado adicionam nobreza mesmo aos projetos mais simples e despojados, ganhando destaque mesmo em cozinhas e salas de banho.

Marlon Gama – Estúdio Bossa

O projeto não se resume aos tons sóbrios de verde, cinza e concreto, graças aos detalhes em dourado que enobrecem pés de cadeiras, vasos e outros complementos.

Patricia Pasquini – Cozinha Urbana

Os misturadores não dispensam a sofisticação do bronze. E a sequência de luminárias acompanha a extensão da mesa com tampo de madeira maciça roxinho, de Amélia Tarozzo.

Paula Leme e Luciana Bicheri – Lounge da Sala de Banho

Além das ferragens em dourado, o projeto investe no brilho do mosaico geométrico no mesmo tom, valorizado diante da base em concreto.

 

9- Rosa:

O tom chega mais seco e promete adocicar os ambientes. Ele sai dos meros detalhes para assumir paredes e peças importantes do mobiliário.

Os móveis curvos já bastariam para criar um ambiente suave e feminino, mas a dupla também adotou o rosa – combinado ao verde e ao azul – para compor um grafismo que marca as paredes principais, com tintas Coral.

Olegario de Sá e Gilberto Cioni – Casa do Bosque

O rosa é adicionado nas cadeiras e na marcenaria da cozinha integrada. Um elemento suave diante da base desenvolvida com materiais naturais quentes, como o arenito e principalmente a madeira de demolição.

Paola Ribeiro – Casa Cosmopolita Cosentino

Tapete goiaba e detalhes na cor vinho fogem ao comum e personalizam o ambiente onde predominam tons neutros.

 

10 – Verde e azul:

Como resistir ao frescor destes tons? Eles comprovam sua versatilidade em diversos matizes e casam perfeitamente com o cinza.

José Marton – Jardim e Entrada da Luxúria

Um ambiente que não passa despercebido, com pintura verde-hortaliça e um jogo visual com espelhos e reflexos.

Marília Veiga – Estúdio do Curador de Arte

O living guarda uma atmosfera tranquila e a gradação de azuis conduz o olhar pelas diversas peças de desenho contemporâneo.

Marina Linhares – Casa da Praia

Azul e branco são a clássica combinação para trazer a sensação de estar perto do mar. Esse duo ganha mais charme combinado com móveis em madeira, palhinha e junco.

NP Arquitetura – Hall de Entrada

Para modernizar as paredes ornamentadas com as clássicas boiseries, as arquitetas Pamella Giannetti e Natália Marchioni optaram por um tom verde azulado, que rende profundidade e elegância ao espaço.

René Fernandes – Estúdio de Leitura e Degustação

Azul e cinza são uma combinação infalível, como comprova este trabalho de René, que tem como diferencial as paredes preenchidas com livros e objetos.

O turquesa foi a escolha do escritório de Maurício Arruda. A parede faz saltar aos olhos a curadoria de fotografias e os móveis pensados para mudarem de lugar conforme a vontade do dono do espaço.

Triart Arquitetura – Estúdio +55

O espaço de dormir é abrigado na caixa verde neste apê jovial, de 38 m². O cinza é o contraponto perfeito, no sofá modular com assento voltado para os quatro lados, desenhado por André Bacalov, Kika Mattos e Marcela Penteado – autores do projeto.

 

11- Cores intimistas:

Tons profundos e densos entram em cena, incluindo o preto aliado às linhas retas, sem maiores cerimônias. Nestes projetos de personalidade, as pinceladas de cores vivas são bem-vindas.

Alexandre Gedeon e Hugo Schwartz – Estúdio com Pórtico

O artista plástico Walter Nomura, conhecido como Tinho, assina o grafismo. Livros e objetos também inserem outros pontos de cor no projeto, onde o ponto alto – literalmente – é o desenho de luminárias que aproveita a estrutura de paredes e teto.

Sobriedade não falta no espaço, com piso de madeira de demolição escura, paredes de cimento queimado, bancadas em Caesarstone e móveis fixos na cor grafite. Perfeito para destacar acessórios, cestas e o próprio verde natural da hortinha.

As peças da Baccarat são o ponto de destaque, por isso a escolha do preto em peças de design minimalista e nas paredes em madeira ebanizada.

Com apenas 8 m², o profissional surpreende e trabalha com tons escuros em revestimentos e nos cobogós. Sem quebrar essa linguagem, a parede de tijolos metalizados sugere amplitude. Para pontuar, uma banqueta na cor amarela.

Maicon Antoniolli – Loft do Viajante

Materiais industriais e rústicos, como o piso em madeira de demolição, formam uma combinação que acolhe ao primeiro olhar. Uma das paredes vem na cor preta e as demais possuem textura crua. A iluminação reforça esse intimismo.

Marcos Caracho – Bar do jardim

Chapas de aço-carbono revestem o interior do espaço, em paredes e no piso. Simples, o recurso ainda valoriza as aberturas que permitem a entrada de luz natural.

Yamagata Arquitetura – CASA Miwa

A estante toma conta de uma parede inteira e determina o cinza como cor principal do ambiente, com espaço de sobra para guardar coleções e objetos afetivos. O verde das poltronas atualiza ainda mais a cartela do espaço.

Yara Cianci e Pat Varago – Casa do Chef

Paredes com tinta de lousa também são pontuadas pelo verde natural dos jardins verticais. A madeira escura e os tijolos acentuam o intimismo. Repare que os guichês originais da bilheteria do Jockey foram mantidos.

Zina Arquitetura – WC Unissex

O jeans reveste as paredes e o teto. Por ser um tecido democrático, foi a escolha perfeita para um ambiente unissex e aberto à diversidade.

 

12 – Tons quentes:

Alaranjados e terrosos trazem alegria e aquecem ambientações nos mais variados estilos.

Luis Otávio Debeus – Estúdio Le Salon

Mix de estampas e de materiais – incluindo uma mesa em mármore – vai na direção de uma proposta eclética, com ares Mid Century. Para trazer unidade aos vários elementos, a parede no tom Rouge de Fer.

Cortinas em tons de bege e laranja valorizam o janelão original, com esquadrias em ferro na cor verde.

 

13 – Mármore:

O material volta com força e não se limita ao estilo clássico, valorizado em grandes superfícies.

Andreia Teixeira e Fernanda Negrelli – Loft da Praia

A lareira vai além de sua função original e embeleza o espaço, encaixada na parede revestida em madeira ripada.

A conhecida paginação em espinha de peixe é adotada de forma diferente, na meia-parede, dividindo as atenções com o generoso painel em mármore.

Fabio Bouillet e Rodrigo Jorge – Flat

O mármore tem vida própria e dispensa adereços, utilizado na parede principal e comandando a discreta cartela de cores adotada no projeto de 70 m².

Toninho Noronha – Sala de Jantar

Paredes em madeira contracenam com o painel em mármore, posicionado como uma obra de arte. Nesta galeria, também se destacam as fotografias ampliadas em metacrilato de Daisy Xavier. Outro detalhe: as poltronas são da casa do arquiteto, atualizadas com veludo azul safira.

 

Sem comentários

Deixa um comentário

Por favor, deixe aqui seu comentário
Por favor, digite seu nome

Sair da versão mobile